Promoção do filho de Mourão é "privilégio vergonhoso", diz José Neumanne Pinto

Foto: Matheus Simoni/Metropress.

O filho do militar será assessor especial da presidência do Banco do Brasil, com salário de R$ 30 mil, montante três vezes maior ao que ganhava anteriormente

Jornalista e comentarista do jornal Estado de S. Paulo, José Neumanne Pinto destacou a promoção do filho do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, Antônio Mourão, como um dos principais pontos de desgaste do atual governo de Jair Bolsonaro. O filho do militar será assessor especial da presidência do Banco do Brasil, com salário de R$ 30 mil, montante três vezes maior ao que ganhava anteriormente.

Em vídeo divulgado em seu blog, o comunicador citou o fato como “grave” diante da promessa da chapa vencedora das eleições de acabar com benefícios e privilégios do que chamou de “amigos do rei”.

"Filho e xará do vice-presidente da República, o general Mourão, o felizardo passou a ganhar quase o que recebem o presidente da República e os ministros do STF. Assim, pelo visto, a Corte real dos compadres do PT na 'nova política' estão sendo substituídos pelos 'filhinhos do papai'. E este disse que o rebento é competente e o resto é fofoca. Fofoca, não, general. É um privilégio vergonhoso", declarou. 

Neumanne ainda fez duras críticas ao que chamou de “vexame” e questionou porque as mesmas nomeações não foram garantidas a outros funcionários de carreira do Banco do Brasil. O jornalista citou ainda o silêncio da família Bolsonaro e do ministro da Justiça, Sérgio Moro, a respeito do caso envolvendo o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. Para ele, o ex-juiz federal não pode jogar a responsabilidade do caso para o Ministério Público do Rio e sim fazer jus à alcunha de "herói no combate à corrupção".