Quem não se posiciona, será posicionado

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MÔNICA BASTOS | Diariamente, somos desafiados a fazer escolhas: para onde ir, o que fazer, usar ou até mesmo consumir. Com essa variedade de opções, nos tornamos pessoas inseguras, versáteis, e muitas vezes exigentes e intransigentes com aquilo que escolhemos.

Tomar certas decisões não é algo tão fácil a se fazer, principalmente quando entendemos que dependendo da escolha, o resultado pode ser extremamente prejudicial, e aquilo que está ruim,  pode piorar

O equilíbrio emocional é a capacidade da mente e do corpo em manter a estabilidade e a flexibilidade em meio a desafios e as mudanças nos mais variados aspectos. Esse equilíbrio é o que produz  boas decisões.

Pessoas emocionalmente equilibradas,  geralmente são dotadas de  prudência, moderação, comedimento e domínio se si mesmo. Contudo, alguns indivíduos tendem a confundir equilíbrio, com o fato de optar por ficar em cima do muro.

Acreditam que, o não se posicionar, ou seja, tomar uma atitude e assumir uma opinião sobre determinado assunto, é mais cômodo e mais seguro. Pensamento típico das pessoas que querem agradar a todos. Mas como já dizia Jean-Jacques Rousseau: “Quem quer agradar a todos não agrada a ninguém”. Afinal de contas, não é possível agradar a Gregos e Troianos, na tentativa, acabaríamos por não satisfazer nenhuma das partes.

Geralmente os que optam por ficar em cima do muro, não querem assumir responsabilidades, não querem se arriscar ou até mesmo se expor a críticas. Não demonstram conduta verdadeira, agem pelos próprios interesses e não pelas suas convicções.

Acreditam estar em lugar privilegiado, afinal de contas, de lá de cima dá pra ver melhor. Mas esquecem que,  ao mesmo tempo, estão atraindo a atenção para si. Não dá para se esconder em cima do muro, este é um lugar de visibilidade e fragilidade. Não é um bom lugar para ficar.

Se posicionar é um grande desafio, mas é algo imprescindível, até porque, como dizem por aí: “ quem não se posiciona, será posicionado”.