Salles diz que Brasil permanece no Acordo de Paris
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Foto: Divulgação.
Ministro do Meio Ambiente afirma que pacto pode trazer recursos e que Bolsonaro concordou com a posição
SÃO PAULO — O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o Brasil continuará no Acordo de Paris e que o presidente Jair Bolsonaro concordou com a posição. Ele argumentou que há pontos importantes no acordo, que podem trazer recursos para o país, e que o problema está na internalização de princípios para a legislação nacional. O acordo estabelece metas de para redução da emissão de gases que causam o efeito estufa.
— Por ora vamos manter a participação. Há pontos importantes, que podem trazer recursos para o país. O acordo está feito. É um guarda-chuva com metas de redução de emissão para o Brasil e outros países. O problema é como internaliza na legislação pátria, de forma que não restrinja o empreendedorismo. Vamos olhar com cuidado - afirmou o ministro, que participou nesta segunda-feira de almoço com empresários do setor de construção no Secovi - Sindicato de Habitação de São Paulo.
Salles disse que Bolsonaro concordou com a manutenção. Poderou que em todo o governo há opiniões divergentes, mas que o importante é que sejam discutidas e que as posições sejam contruídas.
No ano passado, ainda em campanha, Bolsonaro disse que poderia retirar o Brasil do Acordo de Paris caso fosse eleito, pois as premissas afetariam a soberania nacional. Afirmou que era desfavorável ao acordo porque o Brasil teria que “pagar um preço caro” para atender às exigências. "O que está em jogo é a soberania nacional, porque são 136 milhões de hectares que perdemos ingerência sobre eles. Eu saio do Acordo de Paris se isso continuar sendo objeto. Se nossa parte for para entregar 136 milhões de hectares da Amazônia, estou fora sim”, afirmou na época.
O Acordo de Paris foi aprovado em 2015 e tem como meta a redução de emissão de gases do efeito estufa, de forma a evitar o aquecimento global. Os Estados Unidos saíram do acordo em junho do ano passado — o presidente Donald Trump havia prometido retirar o país do pacto durante sua campanha presidencial.
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