Sesab afirma que casos de doença neurológica na Bahia não têm relação com “Vaca Louca”
Imagem: reprodução.
Os cinco casos de Doença de Creutzfeld-Jakob (DCJ) registrados na Bahia em 2022 não têm relação com o mal da “Vaca Louca”, doença relacionada à ingestão de carne bovina e derivados contaminados. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), a Vigilância à Saúde do Estado descartou a possibilidade após analisar características de manifestação da doença.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Salvador, de onde residem os cinco pacientes com DCJ, confirmou a informação e informou que casos se enquadram em outro tipo de manifestação da doença, a esporádica. Este tipo é responsável pela maioria dos casos de DCJ, com representação de 85%, afeta geralmente pessoas entre 55 a 70 anos e mulheres. A forma da doença não apresenta causa conhecida. A forma de contaminação dos cinco casos confirmados da Doença de Creutzfeld-Jakob (DCJ) neste ano na Bahia continua em investigação.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), responsável pela inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal na Bahia, afirma que está acompanhando o caso e verificou que não há relação com consumo de carne bovina ou subprodutos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como doença da ‘Vaca Louca'. “A Doença de Creutzfeldt-Jakob (DJC) ocorre, na maioria dos casos, de forma esporádica e tem causa e fonte infecciosas desconhecidas”, ressalta.
Sobre o caso
O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) Bahia foi comunicado em 06 de outubro de dois casos confirmados de Doença de Creutzfeld-Jakob. Os dois pacientes são residentes em Salvador e estão internados. Mais três casos similares aconteceram este ano na capital. Destes, dois foram a óbito e um está sendo investigado pela Vigilância Epidemiológica.
Em 2021, foram confirmados três casos, um de um residente em Salvador, um de Simões Filho e outro em Serrolâdia. Destes casos, dois foram a óbito e o terceiro a situação do paciente está em investigação pela Vigilância Epidemiológica.
O Ministério da Saúde divide a Creutzfeldt-Jakob em quatro principais tipos de manifestação, a esporádica - classificação cujos casos se encaixam -, hereditária, iatrogênica e a doença da “Vaca Louca”. Os sintomas e tratamento são similares para todas as manifestações, o que difere cada tipo é a forma de transmissão.
A esporádica é responsável pela maioria dos casos de DCJ, com representação de 85%. Afeta geralmente pessoas entre 55 a 70 anos e mulheres. A forma da doença não apresenta causa conhecida. Ao contrário da hereditária, que atinge entre 10 a 15% dos casos de DCJ com origem da mutação hereditária.
A iatrogênica e a Doença da “Vaca Louca” são outros tipos da DCJ, cuja manifestação se dá por contato com item contaminado. No caso da iatrogênica, a contaminação é por procedimentos cirúrgicos ou por meio do uso de instrumentos neurocirúrgicos ou eletrodos intracerebrais contaminados. Já a Variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ) está associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina (Doença da “Vaca Louca”). Esta doença acomete predominantemente pessoas jovens, abaixo dos 30 anos.
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