Shauane Caju recebe título de Cidadã Xique-xiquense
Fotos: reprodução.
Após sete anos vivendo em Xique-Xique, na Bahia, Shauane Itainhara Freire Nunes (Shauane Caju), 39 anos, natural de Aracaju (SE), foi homenageada com o título de Cidadã Xique-xiquense, por indicação da vereadora Genicássia Feitosa.
Em sua rede social Instagram, Shauane destacou a relação especial com a caatinga e o sertão, além do aprendizado com as comunidades ribeirinhas. "Aqui aprendi a comemorar a chuva e esperar a chuva dos umbus", afirmou.
E disse mais: "Aqui aprendi a comemorar a chuva e a esperar a chuva dos umbus, a ver a mata branca ficar verde e voltar a ficar branca. E nunca me canso. Mas todo esse sentido da caatinga e do sertão que tenho vivenciado só é possível na relação com os beradeiros, comunidades que guardam o Velho Chico, e com os xique-xiquenses que fazem desta cidade um aconchego e um aprendizado. Aqui, venho me tornando uma profissional melhor e experimentando o verdadeiro sentido da educação pública enquanto servidora. Sirvo sem ser subserviente e continuarei construindo o que acredito e aprendi durante a minha formação: uma outra sociedade é possível. Por hoje, grata e feliz! @vereadoragenicassiafeitosa, obrigada."
Shauane Caju, no centro.
A homenagem foi marcada por agradecimentos e a celebração de uma trajetória de aprendizado e integração com o povo xique-xiquense.
Mais sobre Shauane Caju
Shauane nasceu em Aracaju, Sergipe, em 02 de outubro de 1985, filha de Aloizio Nunes dos Santos e Maria do Carmo Freire Nunes. Graduada em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe (2008), ingressou no mestrado em Geografia na Universidade Federal da Paraíba, onde defendeu, em 2011, a dissertação "A pesca artesanal como mediação da relação homem-natureza: Permanência e resistência dos pescadores nas comunidades pesqueiras do Povoado Mosqueiro/Aracaju-SE".
No doutorado pela Universidade Federal de Sergipe, finalizado em 2018, desenvolveu a tese "A mediação natureza/sociedade e as lógicas espaciais e territoriais da luta pela água sob a dimensão dos pressupostos teóricos lukacsianos da ontologia do trabalho".
Ainda em 2018, tornou-se Professora EBTT no Instituto Federal Baiano (IF Baiano), Campus Xique-Xique, onde reside e desempenha uma ampla atuação acadêmica e institucional.
No IF Baiano, além das atividades docentes em cursos técnicos e na especialização em Educação e Interdisciplinaridade, ocupou posições estratégicas, como:
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Coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) entre 2018 e 2023, coordenando o projeto "Educação para as Relações Étnico-Raciais" e organizando a cartilha "Princípios da Autodeclaração Étnico-Racial".
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Coordenadora de Assuntos Estudantis (2020-2022), promovendo políticas de assistência estudantil.
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Coordenadora de Ensino (2022-2024), voltada à permanência e ao êxito acadêmico.
Atualmente, integra o grupo gestor e lidera a Comissão Especial de Verificação da Autodeclaração Étnico-Racial no Campus Xique-Xique. Sua trajetória combina ensino, pesquisa e gestão, com foco em educação inclusiva, relações étnico-raciais e desenvolvimento sustentável.
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