Sob o título "Brincadeira de infância continua sendo tecnologia gratuita no rio Velho Chico do Brasil", a xiquexiquense Markileide Oliveira é destaque no exterior
Uma menina e sua boneca imaginária em Xique-Xique, Bahia. Imagem de Markileide Oliveira, publicada com permissão.
A matéria a seguir, não é recente. É de novembro de 2014, mas reflete a realidade de hoje, das beiradas do Velho Chico. Provavelmente, só hoje Markileide teve acesso ao post; é tanto que escreveu em sua página:
"Então, eu acordo pela manhã, hoje 22 de agosto, dia que celebra A CULTURA NACIONAL; daí recebo do meu amigo Robert Krueger, essa matéria publicada no Global Voices - em Inglês -, um reconhecimento do meu trabalho fora do meu local de origem... Vocês não fazem ideia da importância dessa publicação. Às vezes, quem está dentro não consegue perceber a dimensão que é falar de Cultura, Identidade e Pertencimento. Retratar isso em fotografia é tentar trazer de dentro pra fora o que existe de mais significativo no ser humano... É esse o meu ofício neste mundo", disse ela, agradecida.
Veja, a seguir, a postagem, traduzida pelo Google:
As fotos de Markileide Oliveira retratam o cotidiano da população de Xique-Xique, pequeno município localizado às margens do rio São Francisco, no sertão da Bahia - uma das regiões mais áridas do Brasil. O Velho Chico, como é popularmente conhecido o rio, é um dos rios mais importantes do país , percorrendo cinco estados e proporcionando grande parte da subsistência em áreas inadequadas para a agricultura.
Markileide diz que gosta especialmente das crianças locais, cujo universo permanece intocado pelo desenvolvimento tecnológico :
Em meio à modernidade do século 21 e ao mundo virtual que abraça as novas gerações, existe uma infância que sobrevive ao impacto das novas tecnologias. A inocência das crianças ribeirinhas me traz um encanto inexplicável; você percebe que a felicidade mora no imaginário das crianças locais, onde você pode sentir a boneca imaginária que vive nos sonhos dessa garota posando para a foto.
Apenas bonita.
Longe da tecnologia, aprendem a sentir, a viver e a ser criança. E brincar ...
Com a boneca, casinha de boneca, esconde-esconde, usa o lençol da mãe para pegar o peixinho e depois o solta para vê-lo nadando e pegando rio, fingindo estar lavando louça só pra dar petisco o Peixe…… Nossas memórias parecem ganhar vida.
É possível reviver as memórias de quem passou a infância à beira do rio.
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