Vila de Santo Inácio pode ser a “Cidade Perdida do Brasil”
Foto: Oscar Guedes.
Oscar Guedes* | O maior mistério da arqueologia brasileira é o manuscrito 512, sobre uma cidade perdida no interior da Bahia.
Esta noite [3/1], recebi um comunicado do pesquisador espanhol Juan Francisco Torres, informando que, após um trabalho de pesquisa e investigação, não tem dúvidas que essa "cidade perdida" se trata da vila de Santo Inácio, no município de Gentio do Ouro/BA. Inclusive, ele esteve na vila, em 2018, coletando informações, fotografando, conhecendo.
Acredita, também, que Santo Inácio é a cidade Z do pesquisador britânico Percy Fawcett, cuja história no Brasil inspirou o filme "The Lost City of Z", com cenas gravadas na Colômbia e na Irlanda do Norte.
Quando li sobre o manuscrito 512, em 2005, automaticamente, e naturalmente interliguei com Santo Inácio. Realmente, muitas descrições da “misteriosa cidade perdida” coincidem com a vila, principalmente a arquitetura local, a praça, o riacho perto da praça, uma cachoeira mais adiante descendo esse mesmo riacho (Cachoeira do Bode), cristais, ouro, luzes misteriosas, estrada de pedras, torres de pedras... Quanto à escultura no centro da praça, arcos na entrada da localidade, louros, traços greco-romanos, afins e outros, podem ter desaparecidos, assim como outras características atuais se perderam e se perdem em décadas, como é do conhecimento de muitos; imagine depois de 300 anos. No vídeo abaixo, as mesmas grafias desconhecidas descritas no manuscrito e encontradas em momento posterior, próximo ao rio São Francisco, reforçam a tese que a misteriosa cidade perdida brasileira é a localidade de Santo Inácio.
Francisco Torres comunicou, ainda, que vai preparar um artigo sobre suas conclusões da cidade perdida do manuscrito 512, e da cidade Z, para publicar na conceituada revista National Geographic.
*Secretário de Turismo, Indústria e Comércio.
Um comentário
Tato Fischer
14 de Junho de 2019 às 20:58A descrição do vídeo me remete à cidadezinha de Santo Inácio e suas construções rochosas, que conheci em Janeiro de 2014 conduzido por meu querido amigo Pedro Sampaio